A
Paraolimpíada de 2016, no Brasil, recebeu grande atenção das redes televisivas,
impressionadas com o grande potencial desses atletas. A capacidade de
deficientes físicos realizarem diversas modalidades esportivas trouxe à tona o
papel do esporte, como também retomou uma antiga preocupação do governo
brasileiro: como inserir deficientes físicos na sociedade?
É
de consenso geral que as cidades brasileiras não são adequadamente estruturadas
para fornecer o mínimo de conforto e segurança aos deficientes físicos. As ruas
e as calçadas são irregulares, com buracos e desníveis, os transportes públicos
possuem rampas fora de funcionamento e, em diversos lugares, encontram-se escadas
intransponíveis. Situações como essas causam desconforto e exclusão, uma vez
que o deficiente não sente que participa do conjunto. Por conseguinte, há o
surgimento de baixa autoestima como resultado do sentimento de incapacidade, aliás,
o sujeito torna-se inapto para exercer sua independência, se considerado os
riscos existentes nas cidades.
Em
adição a isso, tem-se ainda o despreparo social. É fácil perceber que
deficientes físicos são, constantemente, alvo de olhares e comentários maldosos
ou abismados e que interferem mais ainda na sua autoestima. Essa reação
espontânea tem origem no período Medievo, quando pessoas doentes e deficientes eram
escondidas por acreditar que se tratava de um castigo divino. Essa rejeição
transpôs décadas e foi “mascarado” no período pós II Guerra Mundial, no qual
tentava-se estabelecer a paz e o fim dos preconceitos. Nos dias de hoje,
portanto, a humanidade é construída socialmente a partir desse traço cultural,
que corrompe os mais jovens e se reproduz em sentimentos de pena e indiferença.
Para
concluir, é preciso enfatizar a importância da mobilidade. Reformar calçadas
irregulares e adicionar rampas são exemplos de medidas que deveriam ser tomadas
pelo governo. Ademais, com o fim de evitar a discriminação e aumentar a autoestima
dos deficientes físicos, é necessária a cooperação da sociedade, junto aos
órgãos públicos, de modo a incentivar o esporte, através de programas de
inserção, tendo em conta a importância desse na saúde e na autoestima do
cidadão.
Por: Fabiane Balbino, Maria Alice Juliani e Nathan Ribeiro - 2º Ano do Ensino Médio
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