quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Esporte: os entraves para a inserção dos deficientes físicos na sociedade

A Paraolimpíada de 2016, no Brasil, recebeu grande atenção das redes televisivas, impressionadas com o grande potencial desses atletas. A capacidade de deficientes físicos realizarem diversas modalidades esportivas trouxe à tona o papel do esporte, como também retomou uma antiga preocupação do governo brasileiro: como inserir deficientes físicos na sociedade?

É de consenso geral que as cidades brasileiras não são adequadamente estruturadas para fornecer o mínimo de conforto e segurança aos deficientes físicos. As ruas e as calçadas são irregulares, com buracos e desníveis, os transportes públicos possuem rampas fora de funcionamento e, em diversos lugares, encontram-se escadas intransponíveis. Situações como essas causam desconforto e exclusão, uma vez que o deficiente não sente que participa do conjunto. Por conseguinte, há o surgimento de baixa autoestima como resultado do sentimento de incapacidade, aliás, o sujeito torna-se inapto para exercer sua independência, se considerado os riscos existentes nas cidades.

Em adição a isso, tem-se ainda o despreparo social. É fácil perceber que deficientes físicos são, constantemente, alvo de olhares e comentários maldosos ou abismados e que interferem mais ainda na sua autoestima. Essa reação espontânea tem origem no período Medievo, quando pessoas doentes e deficientes eram escondidas por acreditar que se tratava de um castigo divino. Essa rejeição transpôs décadas e foi “mascarado” no período pós II Guerra Mundial, no qual tentava-se estabelecer a paz e o fim dos preconceitos. Nos dias de hoje, portanto, a humanidade é construída socialmente a partir desse traço cultural, que corrompe os mais jovens e se reproduz em sentimentos de pena e indiferença.


Para concluir, é preciso enfatizar a importância da mobilidade. Reformar calçadas irregulares e adicionar rampas são exemplos de medidas que deveriam ser tomadas pelo governo. Ademais, com o fim de evitar a discriminação e aumentar a autoestima dos deficientes físicos, é necessária a cooperação da sociedade, junto aos órgãos públicos, de modo a incentivar o esporte, através de programas de inserção, tendo em conta a importância desse na saúde e na autoestima do cidadão.

Por: Fabiane Balbino, Maria Alice Juliani e Nathan Ribeiro - 2º Ano do Ensino Médio

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